Em minha experiência acompanhando profissionais e empresas em atividades sujeitas a risco, poucos temas despertam tanta atenção como atividades realizadas acima de dois metros do nível inferior, especialmente aquelas previstas pela NR 35. Boa parte dos acidentes graves no Brasil acontece justamente nesses contextos, entre escadas, andaimes, coberturas e estruturas industriais. Por isso, resolvi criar este guia prático para quem deseja atuar ou aprimorar sua atuação com segurança, respeito à legislação e foco real na prevenção de lesões.
De acordo com a NR 35, trabalho em altura é toda atividade realizada acima de 2 metros do nível inferior, onde haja risco de queda. Esse conceito, aparentemente simples, esconde uma variedade enorme de tarefas, desde manutenção em telhados à pintura de fachadas, passando por montagem de estruturas ou simples inspeções em áreas elevadas.
Você já percebeu como quedas de diferentes alturas estão entre as principais causas de acidentes? De acordo com dados de 2023 do governo federal, os setores da construção civil e transporte rodoviário lideram estatísticas de acidentes fatais, sendo que quedas, soterramentos e choques elétricos estão entre os motivos mais recorrentes.
Quedas de altura podem ser fatais mesmo em pequenas distâncias.
Vejo diariamente como a NR 35 busca evitar essas ocorrências exigindo planejamento, avaliação dos riscos, adoção de medidas preventivas e treinamento específico para todos os envolvidos. O cumprimento rigoroso dessas normas protege trabalhadores, reduz afastamentos e ainda preserva a reputação e a segurança jurídica das empresas.
No convívio com equipes da construção civil, indústrias, manutenção predial e até setores de eventos, observei que o risco de queda não é o único a ser considerado. Destaco quais perigos são mais comuns e por que conhecê-los faz diferença:
Esses riscos podem ser agravados quando faltam treinamentos, inspeções periódicas e uso adequado dos equipamentos. Algo recorrente nas estatísticas: cerca de 33% das mortes por acidentes típicos em 2025 envolviam jovens de até 34 anos, muitas vezes por inexperiência, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego.

Me surpreendo sempre com dúvidas simples sobre equipamentos de proteção, por isso faço questão de explicar:
EPIs são equipamentos destinados à proteção individual do trabalhador contra riscos que ameaçam sua segurança e saúde.Já EPCs (equipamentos de proteção coletiva) visam proteger o grupo de trabalhadores ou até terceiros que transitam próximos.
Esses equipamentos, além de aprovados pelo Ministério do Trabalho, precisam estar limpos, conservados e com validade em dia – um capacete, por exemplo, pode ter sua vida útil comprometida por exposição ao sol intenso, impactos ou mau uso.
É obrigatória a inspeção periódica de todos os EPIs e EPCs, conforme recomendação do fabricante e exigência legal. Vi muitos casos em que a negligência nessa etapa resultou em falhas graves. Equipamentos sem manutenção colocam em risco vidas, inclusive de quem não está diretamente envolvido na atividade.
Para mim, um ponto frequentemente negligenciado diz respeito à checagem da certificação dos equipamentos e sua validade. Todos os EPIs comercializados e utilizados precisam do CA (Certificado de Aprovação), que é emitido nacionalmente pelo órgão competente. Isso garante que passaram por testes de resistência e funcionalidade.
Vale lembrar que até um talabarte ou mosquetão pode perder a eficácia em pouco tempo se houver um mau armazenamento, exposição à umidade ou produtos químicos. Por isso, defendo sempre a ideia de que:
Só equipamentos certificados e adequadamente inspecionados realmente salvam vidas.
Vejo muitos profissionais com receio ou desinformação: o treinamento exigido pela NR 35 não é uma mera formalidade. Ele pode ser o que separa um retorno seguro para casa de um acidente grave. O treinamento é obrigatório para toda e qualquer pessoa que vá exercer atividades acima de dois metros. Deve ser presencial, em carga mínima de 8 horas, e refeito no intervalo máximo de dois anos ou sempre que houver mudança de função, ambiente ou ocorrência de acidente.

O conteúdo programático obrigatório abrange:
Todos os treinamentos devem emitir certificado com data, carga horária, conteúdo, nome e assinatura do instrutor responsável.Não recomendo buscar cursos que prometem apenas a entrega do certificado, porque, como vi na minha trajetória e exemplo da MA Consultoria e Treinamentos, é o conteúdo prático, situações reais e simulações que preparam o trabalhador.
Ressalto ainda a necessidade de atualização: novos equipamentos, técnicas, soluções de resgate e até alterações legislativas exigem revisão constante do conhecimento. Um profissional atualizado se protege melhor, se valoriza no mercado e contribui com a segurança dos colegas.
Antes de iniciar qualquer serviço em altura, deve ser emitida a Permissão de Trabalho (PT). Trata-se de um documento obrigatório, preenchido e assinado pelo responsável e pelo(s) trabalhador(es), indicando quais riscos foram identificados, controles adotados, equipamentos utilizados e quem poderá atuar nessa tarefa.
O passo a passo da segurança, segundo observo nos treinamentos práticos, segue uma lógica fundamental:
A Permissão de Trabalho também registra comunicação de riscos e responsabilidades compartilhadas – um documento que, na minha vivência, é mais que uma exigência legal: é proteção jurídica e garantia de que todos receberam as mesmas orientações.
Ao longo dos anos, participei da avaliação de dezenas de obras onde o improviso em fixações e ancoragens causava insegurança real. Sistemas de ancoragem devem ser planejados, instalados e inspecionados por profissional qualificado. As linhas de vida (horizontais ou verticais) precisam estar dimensionadas corretamente, considerando carga máxima, distância de queda e resistência dos pontos de fixação.
Resgate eficiente começa no planejamento do acesso seguro.
A legislação deixa clara a necessidade de papéis definidos:
Uma lição básica que sempre faço questão de compartilhar: a segurança é responsabilidade de todos, mas as obrigações legais recaem pesadamente sobre quem contrata, organiza e supervisiona os serviços.
Crie uma rotina de inspeção, manutenção, treinamento e planejamento detalhado das tarefas.Essas etapas devem ser integradas: antes, durante e depois da execução da atividade. Veja como funciona na prática:

A cultura de prevenção, quando fortalecida desde o planejamento, reduz drasticamente acidentes até em ambientes de alto risco.Não por acaso, políticas nacionais conseguiram reduzir 25,6% dos acidentes entre 2011 e 2021, de acordo com levantamento previdenciário.
A inspeção periódica, aliada ao treinamento contínuo, impede a complacência e diminui afastamentos, como mostram as últimas estatísticas do governo (veja os números atualizados).
Eu considero imprescindível que o treinamento seja verdadeiro, realizado com instrutores experientes, em ambientes que de fato simulam as ocorrências reais. Ao indicar a MA Consultoria e Treinamentos, destaco que a empresa não vende certificados, mas sim qualificação profunda para desenvolvimento pessoal e proteção das equipes.
Cursos são atualizados às mais recentes práticas do mercado, com avaliações práticas, conteúdo presencial e online, além do reconhecimento nacional pelo compromisso com a legalidade.
Proteger vidas vai além do papel – é prática diária bem treinada.
Durante anos, percebi que a diferença entre um ambiente seguro e outro vulnerável está no grau de preparo, informação e comprometimento de todos. Não existe atalho na proteção de quem atua em locais elevados: planejamento, uso correto dos equipamentos, treinamento de qualidade e respeito rigoroso às regras da NR 35 são fatores que trazem de volta cada trabalhador para casa em segurança.
Convido você, profissional ou responsável por equipes, a buscar capacitação que transforme o conhecimento em hábito e a experimentar o padrão de ensino da MA Consultoria e Treinamentos. Agende seu curso e construa, junto comigo, um ambiente de trabalho seguro, legal e acolhedor.
É toda atividade executada acima de dois metros em relação ao piso inferior, onde há risco de queda. Isso inclui tarefas como instalação, manutenção, limpeza, inspeção, montagem e pintura em estruturas elevadas.
Os riscos envolvem quedas de pessoas e objetos, choques elétricos, rupturas estruturais (andaimes, plataformas), resgate difícil, condições climáticas adversas (vento, chuva, sol intenso) e fadiga física/mental.
O treinamento obrigatório, segundo a NR 35, tem carga mínima de 8 horas, acontece presencialmente, aborda legislação, análise de riscos, prevenção, uso correto de EPIs/EPCs, procedimentos de resgate e noções de primeiros socorros. Deve ser renovado a cada dois anos ou diante de mudanças na atividade.
Os principais são: cinturão de segurança tipo paraquedista, talabarte com absorvedor de energia, trava-quedas, capacete com jugular, calçado antiderrapante, luvas, óculos de proteção, protetor auricular, além de linhas de vida, ancoragens firmes e sinalização adequada.
Apenas trabalhadores devidamente capacitados e treinados, em plena aptidão física e mental e com certificados emitidos após participação no curso exigido pela NR 35. É vetado o exercício por pessoas sem treinamento, jovens menores de 18 anos, gestantes em períodos críticos ou profissionais sem o devido acompanhamento.